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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Haddad cancela visita a Paraisópolis e monta esquema especial para saúde

POR MARINA DIAS

Oprefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), montou um esquema especial para os serviços públicos municipais nesta quinta-feira (11), frente à greve convocada pelas centrais sindicais. Nos hospitais públicos, os médicos plantonistas só poderão deixar o posto de trabalho quando o seu substituto chegar ao local – e não apenas quando o horário do plantão terminar. O objetivo é que não faltem médicos para atender, pelo menos, às emergências no setor.
Haddad pediu um estudo sobre as creches que não estão em período de férias. São 700 as unidades que continuam funcionando mesmo no mês de julho na capital paulista mas, segundo interlocutores do prefeito, são creches em que as crianças atendidas vivem na região e não dependem de grandes deslocamentos.
Como não há expectativas para greve de metrô, ônibus e CPTM – esses serviços devem funcionar normalmente nesta quinta-feira (11) -, Haddad não suspendeu o rodízio municipal de veículos. No entanto, caso "o caos seja muito grande", o prefeito considera tomar a medida durante o dia.
O principal receio de Haddad, que cancelou sua visita a Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, é que os grevistas parem os principais terminais de ônibus e metrô, prejudicando a mobilidade na cidade. O prefeito acompanhará as movimentações de seu gabinete. Todas as medidas foram tomadas pelo petista durante reunião na Prefeitura no fim da tarde desta quarta-feira (10).
Greve geral
As centrais sindicais convocaram o "Dia Nacional de Lutas" e prometem parar São Paulo e diversas cidades do país. O movimento vai colocar os trabalhadores na rota de protestos que começou na capital paulista em 6 de junho.
Categorias como metalúrgicos, químicos, costureiras, servidores públicos, comerciários, trabalhadores do setor da construção civil, entre outras, prometem cruzar os braços durante todo o dia.
As lideranças ligadas à Força Sindical, à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à CSP-Conlutas organizaram passeatas pela capital paulista, incluindo vias importantes, como a Avenida das Nações Unidas, a Ponte Estaiada, a Radial Leste e a Avenida Paulista, onde a concetração do movimento está marcada para o meio-dia. Desde de manhã, porém, várias outras atividades foram agendadas pelos manifestantes.
O Partido dos Trabalhadores (PT), do prefeito Haddad, também convocou sua militância para participar da mobilização desta quinta. A presidente municipal da sigla na capital, vereadora Juliana Cardoso, assina uma nota pública em que chama os petistas para as ruas. As bandeiras defendidas serão o plebiscito proposto pela presidente Dilma Rousseff para fazer a reforma política no país e a democratização dos meios de comunicação.
Os sindicalistas discordam em alguns pontos sobre as reivindicações do protesto. Enquanto a CUT apoia a consulta popular para a reforma política, trabalhadores ligados à Força e à CSP-Conlutas são contrários à ideia. Dessa forma, as bandeiras conjuntas defendidas serão a redução da jornada, o fim do fator previdenciário e o combate à terceirização dos postos de trabalho.
O presidente da Força Sindical, Paulinho da Força (PDT), defende ainda a mudança na equipe econômica do governo federal. Segundo ele, a condução da economia pela cúpula de Dilma está "equivocada" e, como consequência, gera "a volta da inflação".