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terça-feira, 15 de maio de 2012

PARAISÓPOLIS – UMA CIDADE DENTRO DA OUTRA

fonte: http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=221175


SESC Pompeia  
 
06/06 a 29/07. 
Terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingos e feriados, das 10h às 20h.

Exposição fotográfica que apresenta 90 imagens de Renata Castelo Branco, procurando valorizar a criatividade, a espontaneidade e outros aspectos intrínsecos ao dia-a-dia do morador desta comunidade que se manifestam visualmente nos interiores de suas casas. Há 30 anos Renata Castello Branco atua fotografando pessoas. Ao conhecer Paraisópolis, a fotógrafa, que já tem um livro editado sobre Heliópolis, decidiu realizar um projeto similar nesta comunidade, que é a segunda maior de São Paulo, localizada no bairro do Morumbi, com população, em sua maioria de nordestinos, estimada em 120 mil pessoas. Mais de 300 casas foram abordadas nesse processo, sendo escolhidas 88 moradias para a confecção do livro, que será lançado na abertura da exposição no SESC Pompeia. O visitante poderá escolher o caminho, passando por becos e salas que se intercalam e mostram as fotografias. Ao final da exposição há informações sobre a comunidade e depoimentos em vídeo de moradores e da equipe do projeto. 
A exposição conta com uma equipe de educadores para realizar visitas com grupos agendados. Maiores informações: 3871.7700. 
Área de Convivência.




Livre para todos os públicos

Grátis

Paraisópolis, Favela ou bairro

Fonte: http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/344069/favela-ou-bairro/

segunda-feira, 14 de maio de 2012 14:17

Milton Bigucci
O grande problema social do país ainda se chama favela. Segundo o IBGE, entre 2000 e 2010 o número de pessoas que vivem em favelas passou de 6,5 milhões para 11,4 milhões (população do tamanho da Grécia), ou seja, um aumento de 75%. São 6% dos brasileiros morando em 6329 favelas em 323 cidades.
A concentração é nas regiões metropolitanas e em cidades com mais de 1 milhão de pessoas. Só na capital de São Paulo10% da sua população vive em favelas. Há duas favelas com mais de 40 mil pessoas cada: Paraisópolis e Heliópolis, oitava e nona maiores do país. Um quarto dos favelados do país está no Estado de São Paulo, ou seja, 2,715 milhões de pessoas, sendo 2,1 milhões só na Grande São Paulo.
Mesmo com o PAC, com o CDHU, cooperativas etc, há muito a ser feito. Os preços dos imóveis nas favelas valorizaram muito. Onde eram ruas de terra, sem rede de esgoto, só violência, hoje há investimentos públicos em infraestrutura, novas escolas (a média de analfabetismo é de 8,4%) e postos de saúde. Os preços de venda e locação de habitações subiram mais de cinco vezes. Locação de R$ 80 hoje é R$ 400. Venda de R$ 15 mil, hoje é de R$ 100 mil. O preço dos terrenos subiu junto.
Até o preconceito contra os moradores melhorou. Hoje não se chama mais favela, é um bairro. A grande maioria das favelas tem hoje rede de água, saneamento, coleta de lixo e energia com medidor individual. A cor parda representa 55% dos moradores, os brancos 30%, e a idade média é de 28 anos.
Estes dados e essa fotografia evidenciam a grande desigualdade social no Brasil. Na favela nasce mais crianças que em um lar de maior capacidade econômica.
A inclusão dessa população na classe econômica C requer uma atenção redobrada para as crianças, pois elas serão o futuro do país. O que não pode é haver a multiplicação da miséria. Os programas de habitação para todos devem ser adequados para que a iniciativa privada possa ajudar os governos a diminuir esse déficit habitacional.

Milton Bigucci é presidente da construtora MBigucci, presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, Membro do Conselho Consultivo Nato do Secovi-SP, autor dos livros “Caminhos para o desenvolvimento”, “Somos todos responsáveis – crônicas de um Brasil Carente” e “Construindo uma sociedade mais justa”, e membro da Academia de Letras da Grande São Paulo, cadeira nº 5, cujo patrono é Lima Barreto.