Pesquisar este blog

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Moradores de Paraisópolis participaram ativamente da Audiência Pública


Fonte: 
http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/noticias/publicacao_noticias/2013/agosto_2013/Moradores%20de%20Parais%C3%B3polis%20participaram%20ativamente%20da%20Audi%C3%AAncia%20P%C3%BAblica

O Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, realizou, nesta quarta-feira (28), uma audiência pública cujo objetivo foi o de obter informações e propostas que permitam a concretização de obras destinadas à urbanização do complexo Paraisópolis.
Promotores de Justiça durante a Audiência Pública
Durante a audiência, que durou cerca de cinco horas, os moradores e representantes da comunidade de Paraisópolis apresentaram as suas reivindicações e puderam expor os problemas do local. O Promotor de Justiça Roberto Carramenha, que presidiu os trabalhos, dividiu os temas que foram abordados  em: urbanização, regularização fundiária, saúde,  educação e moradia, para facilitar a coleta de subsídios.
Roberto Carramenha lembrou que a Promotoria já contava com um procedimento sobre o projeto de urbanização de Paraisópolis que havia sido arquivado em 2012. “Em meados deste ano recebemos uma comissão de moradores que apresentou um dossiê com diversas notícias de violação aos direitos humanos, apontando problemas em relação à falta de moradia, problemas com os apartamentos que foram entregues, com acessibilidade, descaso com a educação infantil e com os idosos, enfim, uma série de problemas. Em função disso, o MP resolveu chamar a comunidade e autoridades para que expusessem o que se passa” e qual o atual estágio da urbanização de Paraisópolis”, declarou.

Moradores de Paraisópolis durante o evento
Todas as questões levantadas durante a audiência serão transcritas em ata que será publicada no Diário Oficial do Estado. Os diversos assuntos que foram abordados e que não dizem respeito diretamente à Habitação e Urbanismo serão repassados a outras Promotorias para as devidas providências.
Também participaram da audiência pública a coordenadora do Centro de Apoio Cível e de Tutela Coletiva, Lídia Helena Ferreira da Costa Passos e a Assessora na área de Habitação e Urbanismo Cinthia Gonçalves Pereira; os Promotores de Justiça Maurício Ribeiro Lopes, José Carlos de Freitas, Mário Malaquias (Promotoria de Habitação e Urbanismo), Luiz Roberto Cicogna Faggioni, José Paulo França Piva (Promotoria dos Direitos Humanos, área da Saúde Pública) e Francisco Antonio Gnipper Cirillo (Promotoria dos Direitos Humanos, área de Pessoas com Deficiência); Marcelo Camargo Milani (Patrimônio Público e Social), a coordenadora Regional de Saúde região Sul, Vera Maria da Silva Ribeiro, o Diretor regional de Ensino do Butantã, André Luis Bafume, representando a Secretaria Municipal de Habitação  Marcos Antônio Biasi, Maria Teresa Cardoso Fedeli, Rosana Araujo E José Nilton Chiesa, pelo Metrô Mauro Biazotti, a Coordenadora da Subprefeitura de Campo Limpo e a  advogada da COMGÁS Rosana Rodrigues da Silva Favaro.
Leia  aqui  Ata da Reunião

Paraisópolis - Após marcar reunião, manifestantes deixam prédio na marginal Pinheiros, em SP

FolhaSP                                                                                           
                                                                                                                                                                               Danilo Verpa/Folhapress
Manifestantes do MTST invadem prédio comercial na marginal Pinheiros para pedir audiência sobre ocupação em Paraisópolis

 
Os manifestantes que ocuparam o prédio da Finep, localizada na marginal Pinheiros, na tarde desta sexta-feira, deixaram o local após marcar uma reunião com o superintendente da empresa. Com o acordo, oito membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) vão se encontrar com o líder da empresa do governo federal, que os manifestantes dizem ser dona do terreno que o grupo ocupa em Paraisópolis, na zona sul.
O protesto chegou a fechar a avenida Morumbi e a pista local da marginal Pinheiros, uma das mais importantes da cidade. Às 16h50, parte do grupo de cerca de 800 pessoas (segundo a organização), invadiu o prédio da Finep, no número 10.989 da via.
No edifício, há escritórios da Tam, Bradesco e empresas de advocacia. O prédio fica ao lado da estação Vila Olímpia da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Eles ficaram no saguão e impediram a entrada e saída de pessoas pelos elevadores. Os manifestantes entoaram gritos como "Eaí, o povo sem-teto vai morar no Morumbi" e "Ocupar, resistir e morar aqui".

O edifício tem 15 andares. Do alto, funcionários chegaram a jogar borrachas escolares nos manifestantes. No protesto, há muitas mulheres e crianças, algumas delas de colo.
A Polícia Militar acompanhava a manifestação e disse que ia aguardar as negociações.
REIVINDICAÇÃO
O ato pede o direito de permanecer em um terreno na rua Silveira Sampaio, na região do Paraisópolis, zona sul de São Paulo. O local, segundo o MTST, pertence ao governo federal e área foi ocupada por cerca de 600 famílias no último dia 24.
Segundo Guilherme Boulos, coordenador do MTST, o terreno estava abandonado há 15 anos. "Queremos abrir negociação com as três esferas de governo para que esse terreno seja transformado em moradias por meio do programa Minha Casa, Minha Vida", explicou Boulos, no dia da ocupação.
Boulos afirmou ainda que área fica ao lado de edifícios de alto padrão no Morumbi e que os sem-teto a ocuparam para evitar que houvesse especulação imobiliária e para pressionar as autoridades a destinar o local para a habitação popular.
De acordo com o coordenador, as pessoas que ocupam a área são moradores de Paraisópolis, que já não conseguiam pagar os aluguéis da região, que subiram muito. "Não se aluga um cômodo em Paraisópolis por menos de R$ 600 por mês."