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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Incêndio causa pânico no Grotão



No dia 14 de outubro por volta das 21h, 25 barracos foram atingidos por um incêndio que deixou 35 famílias desabrigadas. O local já havia sofrido anos atrás outros dois incêndios. O Corpo de Bombeiros teve dificuldade em chegar ao local por causa das ruas estreitas, oito viaturas entre carros pipas e ambulâncias atenderam a ocorrência.
O fogo começou em um barraco na parte baixa do morro, o tempo seco e o vento que faz na região fez com que as chamas se propagassem ainda mais rápido, só deu tempo para os moradores tirarem o que podia, muitos nem isso conseguiram. Os bombeiros ao chegarem, isolaram as áreas que davam acesso ao local. Na rua, dezenas de moradores se aglomeravam tentando saber noticias de familiares e amigos, outros ajudavam as vítimas a salvar o pouco que o fogo não consumiu, as vitimas tiveram que passar a noite na casa de parentes e amigos. O Subprefeito de Campo Limpo Alexandre Margosian, esteve no local para prestar auxilio as famílias. O fogo foi controlado por volta das 22h30. Meia hora depois a defesa civil chegou ao local. No dia seguinte, geladeiras e fogões queimados faziam parte do cenário devastador. Quando nossa equipe chegou ao local as 06hs da manhã presenciamos uma cena muito triste, uma mulher chorava tentando achar os documentos e algo que o fogo não tivesse consumido. O Padre Luciano cedeu o salão paroquial da igreja para abrigar seis famílias que não tinham encontrado local para ficar. Os moradores tomaram a iniciativa de arrecadar alimentos na comunidade para ajudar as vitimas do fogo. Os alimentos que foram doados para as famílias que estavam na igreja, serviram para todos os outros que necessitavam.
Segundo o Padre Luciano, a prefeitura não deu à devida atenção as vitimas. “Não deram cestas básicas e faltou boa vontade em atender as famílias que não tinham para onde irem, faltaram também colchões para algumas famílias” disse o padre. As dificuldades das vitimas do incêndio são várias, nos primeiros dias faltava à liberação de verba por parte da prefeitura para o pagamento do aluguel social, pois os proprietários das casas só liberavam a moradia com a garantia dos pagamentos. Outro problema foi à obtenção do relatório da Defesa Civil que comprova o número de famílias cadastradas no dia da ocorrência, esse documento é necessário para que os moradores consigam tirar novos documentos e justificar os dias que tiveram que faltar nos empregos e aulas das crianças. O JPN foi à paróquia São José para ver como estava a situação das seis famílias, os moradores na ocasião estavam revoltados por causa da falta de auxílio por parte das instituições do bairro e também da prefeitura.