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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Descaso com os cadeirantes nos novos prédios do CDHU

Por Raiane Santos




    As obras do Projeto de Urbanização em Paraisópolis trouxeram muitos benefícios aos moradores do bairro, ainda mais para aqueles que já estão em seus apartamentos definitivos dos novos prédios. Os apartamentos foram planejados de forma a beneficiar a todos, os do térreo foram equipados com instrumentos de apoio nos banheiros para idosos e pessoas com algum tipo de deficiência, no entanto, apesar de tamanho cuidado com o alojamento destes, não foi construída uma fachada que colaborasse com a locomoção dos cadeirantes e deficientes visuais, pois o que há de escadas aos arredores do residencial, gera sacrifícios às famílias dos portadores de necessidades especiais que, para saírem de casa precisam ser carregados  por não haver rampa de acessibilidade nas calçadas e nem ao lado das escadas que dão acesso tanto a comunidade como a outros prédios.
  Segundo o relato da moradora Rosana Moreth que tem uma filha de 14 anos com Mielomeningocele e Hidrocefalia, passa por dificuldades quando sai de casa com a pequena Ana Paula, pois apesar do seu marido possuir carro muitas vezes tem que utilizar as escadarias para ter acesso a Rua Melchior Giola, onde vai constantemente para passar sua filha no posto de saúde. Todas as vezes, Rosana tem que esperar algum transeunte de boa vontade que a ajude a descer ou a subir as escadas com sua filha e também a cadeira de rodas.
  Outra moradora que passa por situação igual é a Marcineide G. Silva com sua filha Mariana Kelly de 8 anos, que tem má formação no cérebro. Esta nos disse que às vezes até evita sair de casa por conta do constrangimento e da dificuldade.
Existem mais moradores na mesma situação nos demais blocos dos novos prédios do CDHU, pois não há em lugar algum rampa de acessibilidade aos arredores dos prédios e em todos os casos há a necessidade semanal de sair ao médico, fisioterapia ou mesmo a passeio.
   O mesmo problema também afeta as mães de recém-nascidos que utilizam carrinho de bebê. O sonho de ir morar no residencial e ter mais conforto para essas famílias tornou-se uma circunstância bem desagradável que depende tão somente de boa vontade dos responsáveis pela obra.